Gestão de afastamentos e retorno ao trabalho: como reduzir impactos para a empresa?

Afastamentos por doença ou acidente de trabalho geram impacto direto na produtividade, nos custos trabalhistas e no clima organizacional. Uma gestão estruturada de afastamentos e do retorno ao trabalho protege o empregador, preserva o colaborador e reduz despesas com horas extras, contratações temporárias e retrabalhos. Além de atender às exigências legais, empresas que se preocupam com a saúde de seus trabalhadores fortalecem sua imagem e mantêm uma equipe mais engajada e produtiva.

Investir em uma política clara de gestão de afastamentos traz benefícios como a diminuição de custos diretos e indiretos, a redução de riscos jurídicos e o cumprimento das obrigações previstas em normas como o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Outro ponto importante é que esse tipo de cuidado favorece a retenção de talentos e contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.

Do ponto de vista legal, a NR-7 determina que todo empregado que ficar afastado por 30 dias ou mais deve realizar exame de retorno ao trabalho. Esse exame clínico deve ser feito antes que o trabalhador reassuma suas funções, garantindo que ele esteja apto para retomar suas atividades. Dependendo do caso, pode ser recomendado um retorno gradativo, com adaptações de jornada ou de tarefas. O empregador também deve se atentar à correta comunicação de afastamentos e retornos no eSocial, evitando sanções e problemas com a fiscalização.

Outro aspecto relevante é o papel do INSS em casos de afastamentos mais prolongados. O órgão pode encaminhar o trabalhador ao Programa de Reabilitação Profissional, no qual são avaliadas as condições de saúde e as possibilidades de reinserção no mercado de trabalho. Nessas situações, a articulação entre empresa, INSS e serviço médico ocupacional é essencial para garantir uma readaptação adequada e dentro da lei.

Para reduzir os impactos dos afastamentos, algumas práticas são fundamentais. O primeiro passo é estabelecer uma política clara dentro da empresa, com regras sobre comunicação, prazos e responsabilidades. É recomendável que haja um responsável no RH ou na área de saúde ocupacional para acompanhar os casos, manter contato com o colaborador e organizar os trâmites junto à clínica de medicina do trabalho. Esse acompanhamento demonstra acolhimento, fortalece o vínculo com o trabalhador e aumenta as chances de um retorno seguro e sustentável.

Outro ponto essencial é a prevenção. Empresas que investem em ergonomia, programas de promoção da saúde, acompanhamento periódico e ações voltadas para saúde mental conseguem reduzir significativamente o número de afastamentos. Além disso, ao identificar setores ou funções com maior incidência de licenças médicas, o empregador pode adotar medidas específicas para corrigir falhas e melhorar as condições de trabalho.

No momento do retorno, o exame ocupacional é indispensável. Ele garante que o trabalhador esteja realmente apto e, quando necessário, indica adaptações ou retorno gradativo. Cabe ao empregador oferecer condições seguras, que podem incluir ajustes no posto de trabalho, redistribuição de tarefas ou flexibilização temporária de atividades. A falta de documentação adequada nesse processo pode gerar complicações em eventuais ações trabalhistas, por isso todos os registros devem ser mantidos conforme as normas vigentes.

Evitar falhas na gestão de afastamentos significa não deixar de lado a comunicação com o empregado, não ignorar a importância do registro em prontuário médico e no eSocial e não estigmatizar colaboradores que retornam após um período de ausência. O retorno deve ser tratado como parte de um processo de reintegração, em que o trabalhador precisa se sentir apoiado para desempenhar novamente suas funções.

A gestão de afastamentos e do retorno ao trabalho exige organização, conhecimento da legislação e parceria com uma clínica de saúde ocupacional que ofereça suporte completo. Com protocolos bem definidos, a empresa reduz custos, melhora sua eficiência e contribui para um ambiente de trabalho mais humano e saudável.

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